Notícia de 08/12/2015.
Na Escola Imaculado Coração de Maria, em São Pedro da Serra, a música cantada por Baby Consuelo, lá no final da década de 1970, se fez verdade por longos meses, afinal, na escola “todo dia, era dia de índio”.
Sob a coordenação da professora Marciane Zaro Willvvock, o projeto Índios do Brasil, teve duração de quase um ano, envolvendo os estudantes de sextos anos a tal maneira que buscassem o conhecimento sobre os primórdios do Brasil, resgatando, por meio dos silvícolas a história nacional. Diretamente foram envolvidas três turmas, num total de 41 alunos, todavia, toda a escola teve participação, assim como a comunidade escolar. O trabalho de grande intensidade fez com que fossem resgatadas, inclusive, lendas, dentre eles da Vitória Régia e da Mandioca. Histórias conhecidas por alguns e surpreendentes para outros, sendo apresentadas no dia 4 pelos alunos para alunos. No dia 16 será vez dos pais assistirem as apresentações, acompanhando as encenações para os alunos do turno matinal. Certamente ficarão encantados pois o trabalho realizado pelos filhos, sob a orientação dos professores mostra que a vida na escola vai além dos livros. É também pesquisa e busca de conhecimentos extraclasse.
“Quero agradecer ao professor José que me auxiliou nos ensaios e na montagem do cenário. Agradecer a direção da escola que permitiu que este momento acontecesse. As colegas que ajudaram da forma que lhes foi possível. E dizer que um bom trabalho sempre é feito em equipe”, destaca a professora Marciane enaltecendo o envolvimento de todos educadores e comunidade escolar.
Em tempos em que o mundo inteiro discute questões de ordem étnica e religiosa, a pesquisa falando de índios tem como ser apreciada com outros olhos. Por que devemos desconsiderar o que são diferentes de nós? Os que falam em outros idiomas? Os que acreditam em outros deuses? Medir forças nunca levou ao progresso do todo, apenas de alguns. Hoje estudamos os índios, que praticamente sumiram de nosso meio, mas não compreendemos que as suas histórias são pouco perante toda a riqueza que tinham por oferecer.
Ainda que simples aos olhos dos historiadores, a pesquisa feita em São Pedro da Serra pode ensinar muito, afinal, temos que crescer como seres humanos, sempre lembrando que “todo dia é dia de índio”, todo dia é dia de negro, de branco, de pardo...
